Pintor, desenhador, ilustrador e escultor francês, nascido em Paris e falecido em Châtenay-Malabry. Fautrier vai para Londres com 10 anos. Em 1912 entra para a Royal Academy School, que abandona por considerar o ensino demasiado tradicional. Frequenta a Slade School of Fine Art que, embora considerada uma escola de vanguarda, o desilude novamente. Opta por trabalhar sozinho e dedica-se à pintura de nus e naturezas mortas. Em 1922 parte para Paris, onde dois anos mais tarde realiza a sua primeira exposição individual na Galeria Visconti. Durante os anos 30, devido à sua precária condição financeira, Fautrier viu-se obrigado a encontrar empregos de outras naturezas, deixando um pouco de parte a produção artística. Em 1945 obtém o primeiro grande êxito com as séries Hostages. Esta série revela partes de rostos destroçados, numa tentativa de enfatizar os horrores da II Guerra Mundial. Nos anos 50 desenvolve a técnica dos "originais múltiplos", combinando elementos de impressão e de pintura que lhe possibilitam produzir várias versões de um mesmo trabalho. Em 1957, expõe os seus trabalhos na Galerie Rive Droite, sob o título Fautrier, 30 années de Figuration Informelle. Em 1960, é-lhe atribuído o Grande Prémio na Bienal de Veneza. Em 1961 é distinguido com outro prémio na Bienal de Tóquio e em 1964 fez grandes doações ao Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris, que lhe consagrou no final de 1979, uma grande retrospectiva a título póstumo.