Pintor, designer comercial, decorador, ceramista, escultor e escritor dinamarquês cuja personalidade e obra exerceram uma forte influência nos seus contemporâneos que o consideraram como o maior artista escandinavo desde Edvard Munch. Estudou e trabalhou em Paris com Fernand Léger no "Pavillon des Temps Nouveau" de Le Corbusier, na Feira Mundial de Paris em 1937 e, em 1938, teve a sua primeira exposição em Copenhaga. Adoptou as ideias defendidas por Miró, Ernst e outros surrealistas com um novo conceito de pintura mais livre e orientada para a cor. Os seus trabalhos combinam figuras humorísticas e grotescas com um espectro de cor. Em 1948, em Paris, formou, juntamente com Christian Dotremont e Constant, o grupo Cobra que pretendia unir artistas de diferentes países com ideias similares. Em 1952 publicou o seu primeiro livro, Held og hasard e, em meados dos anos 50, criou com Max Bill o movimento MIBI (Mouvement International pour un Bauhaus Imaginiste), com o intuito de criticar o funcionalismo e o design industrial. Nos últimos anos de vida, Jorn continuou a reunir uma colecção do seu próprio trabalho e de artistas seus contemporâneos para o Silkeborg Kunstmuseum. As imagens gestuais e expressivas, repletas de criaturas demoníacas e míticas, constituem uma variante nórdica do Expressionismo Abstracto.