Pintor, escultor e designer comercial americano, Kelly foi um dos maiores praticantes da Arte Abstracta nos Estados Unidos depois da II Guerra Mundial. No início dos anos 50, desenvolveu uma abordagem muito particular sobre a arte que viria a influenciar decisivamente o curso da chamada Arte Minimal. Estudou no Pratt Institute em Nova Iorque, no Boston Museum of the Fine Arts e viajou por toda a Europa. Em 1948 voltou a Paris, onde realizou os seus primeiros quadros abstractos. Picasso, as técnicas de desenho surrealistas e o trabalho do coreógrafo Merce Cunningham são algumas das fontes de inspiração para a sua obra. Nos finais da década de 50, Kelly alcança uma forte reputação mundial e nos anos 60 aproxima-se da chamada Arte Op, no uso de configurações geométricas e contrastes de cor que geram uma certa ambiguidade na percepção. O seu trabalho desta época faz ainda a ponte entre a abstracção geométrica americana dos anos 30 e 40, com o Minimalismo e a arte redutora dos anos 60 e 70. Entre 1964 e 1992, participou nas documenta 3, 4, 6 e 9, em Kassel e em 1966 participou na Bienal de Veneza. Em 1973 começa a executar regularmente esculturas públicas de larga escala, utilizando aço, ferro, alumínio, aço inoxidável e, nos anos 80, o bronze. Em 1989-90 organizou a sua própria exposição no Art Institute de Chicago e no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. Em 1998 realizaram-se importantes retrospectivas do seu trabalho em Nova Iorque, Los Angeles e Munique.