De nacionalidade americana, Lee Krasner optou pela carreira de artista e em 1926 entrou para a Cooper Union for the Advancement of Art and Science, em Manhattan. Em 1928 transferiu-se para a National Academy of Design e em 1930 realizou o seu primeiro trabalho importante, Self-portrait. Após ter sido temporariamente influenciada pelo imaginário enigmático de De Chirico, Krasner começou a criar naturezas mortas abstractas e estudos diagramáticos de figuras. O seu envolvimento, juntamente com Jackson Pollock, no ciclo surrealista de Peggy Guggenheim, demonstrou ter sido bastante proveitoso para o desenvolvimento do seu trabalho futuro. Em 1951 realizou a primeira exposição individual na Galeria Betty Parsons e, após a morte de Pollock em 1956, criou as suas pinturas mais memoráveis e verdadeiras, grandes trabalhos gestuais gerados a partir de um forte movimento corporal. Em meados dos anos 60, o seu trabalho torna-se mais lírico e decorativo, inspirado numa abordagem fauvista e no final da sua actividade, nos anos 70, Krasner regressa aos trabalhos em colagem que havia já desenvolvido durante a década de 50.