Escultora e ilustradora francesa, Richier iniciou a sua actividade profissional na área da escultura em 1922, trabalhando durante três anos com Louis-Jacques Guigues, director da École des Beaux-Arts, em Montpellier. Em 1925 mudou-se para Paris onde trabalhou com Emile-Antoine Bourdelle e em 1934 expôs individualmente pela primeira vez na Galeria Max Kaganovitch. Neste mesmo ano participou na exposição La Passion du Christ dans l'art français no Trocadero e dois anos mais tarde recebeu o Prémio Blumenthal. Em 1937 recebeu um diploma honorário na Exposição Universal de Paris. O seu trabalho permaneceu essencialmente figurativo até à II Guerra Mundial e a partir dos anos 40 o seu trabalho é influenciado por Giacometti. Em 1948 expôs na Galeria Maeght em Paris, grandes esculturas em bronze, reveladoras de um universo de criaturas perturbadoras e metamorfoseadas. Entre 1948 e 1954 participou regularmente na Bienal de Veneza. Em 1950 foi uma das artistas femininas mais conceituadas da Escola de Paris e em 1951 colaborou com Vieira da Silva e Hartung. Em 1955 participou numa exposição organizada pelo Museu de Arte Moderna de Nova Iorque e em 1956 teve uma importante retrospectiva em Paris. Em 1959 e 1964 participou nas documenta 2 e 3 em Kassel. As suas figuras são criaturas entre o humano e o animalesco, com referência ao simbolismo apocalíptico da fantasia surrealista. Apesar da sua morte prematura, a sua influência foi bastante notória na geração de escultores britânicos do pós-guerra, como Reg Butler, Armitage, Chadwick, César e Saint-Phalle.