Pintor e escultor canadiano. Desde muito cedo, começou a desenhar e a pintar paisagens a partir da natureza. Entre 1939 e 1941 estudou no Politécnico de Montreal ao mesmo tempo que fazia um curso de Arquitectura por correspondência. Em 1941 abandona temporariamente a pintura e de 1943 a 1945 estuda na Ecole des Beaux-Arts de Montreal. Riopelle e outros artistas da mesma corrente, mais tarde conhecidos como os automatistas, encontravam-se frequentemente no estúdio de Paul-Emile Borduas para discutir as suas ideias e o seu interesse pela Arte Abstracta, pelo Surrealismo e pelas técnicas do Automatismo. Visitou Paris pela primeira vez em 1946, onde se estabeleceu no ano seguinte. Foi incluído por André Breton e Marcel Duchamp na última exposição colectiva do movimento surrealista na Galeria Maeght em Paris. Nesta mesma cidade teve oportunidade de relacionar-se com artistas como Georges Mathieu, Maria Helena Vieira da Silva, Nicolas de Stäel e outros pintores abstractos da Escola de Paris. Depois de ter abandonado a pintura durante o ano de 1955, Riopelle afastou-se da fórmula de mosaico, utilizando uma manipulação da tinta mais variada. A partir de finais da década de 50, os seus trabalhos deixaram de ser exclusivamente abstractos para terem como ponto de partida representações de paisagens e de animais. Em 1951 e 1955 participou na Bienal de São Paulo, e em 1954 na Bienal de Veneza. Em 1958 começou igualmente a modelar esculturas para bronze fundido, que exibiu pela primeira vez em 1962. Em 1959 e 1964 participou nas documenta 2 e 3 em Kassel e em 1962 recebeu o Prémio de Arte atribuído pela UNESCO. A partir de meados dos anos 60, Riopelle alarga o seu leque de técnicas e materiais: escultura, pastel, litografia, colagem, esmalte, acrílico e mosaico. Depois de 1970 passou grande parte do tempo no Quebec. Em 1972 teve uma exposição individual no Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris e em 1981 uma retrospectiva no Musée National d'Art Moderne, também em Paris.