Pintor, escultor, designer e escritor alemão, estudou na Kunstakademie em Dresden entre 1909 e 1914. No início, a sua pintura começou por ser naturalista e depois impressionista, até ter contacto com a arte expressionista, particularmente aquela associada ao movimento Der Sturm. Pintou paisagens misteriosas e apocalípticas e escreveu poesia expressionista para a revista Der Sturm. Em Berlim, ao conhecer Hans Arp, Raoul Hausmann, Hannah Hšch e Richard Huelsenbeck, associou-se ao movimento Dada e começou a fazer colagens, a que dava o nome de Merzbilder. A partir de então o termo "merz" tornou-se o nome para o movimento e filosofia particulares de Schwitters. Apesar do seu trabalho estar impregnado de alusões às condições políticas e culturais da época, nunca foi satírico ou polémico. Entre 1922 e 1930 colaborou e foi amigo de El Lissitzky e Theo van Doesburg. A sua revista Merz, publicada irregularmente entre 1923 e 1932, dedicou bastante atenção às ideias e à arte do Construtivismo. Em 1924 estabeleceu a sua própria agência de publicidade e design em Hannover, onde promoveu novas formas de tipografia. O seu projecto mais importante realizado entre as duas Grandes Guerras foi Merzbau, uma vasta construção escultórica que ocupou grande parte da casa e do estúdio do artista. Cerca de 1930 colaborou com a revista parisiense Cercle et Carré e juntou-se ao grupo Abstraction-Création. Em 1937 participou na exposição Entartete Kunst e construíu um segundo Merzbau em Lysaker. Entre 1940 e 1941 esteve preso num campo na Isle of Man e em 1945 mudou-se para Little Langdale, onde se dedicou sobretudo à pintura de retratos para ganhar a vida. Realizou algumas colagens a partir do imaginário das revistas americanas que, de certa forma, anteciparam a Arte Pop e alargaram a tradição Dada das colagens.