Pintor, designer, escultor e escritor americano de naturalidade suíça, estudou na Ecole des Beaux-Arts em Genebra (1920) e na Accademia di Belle Arti, em Florença (1927). Em 1929 Seligman mudou-se para Paris, onde se juntou aos surrealistas e tornou-se membro do grupo Abstraction-Création. Foi influenciado pela obra de Arp e Le Corbusier, que o impulsionaram a explorar o imaginário biomórfico. Embora não tenha integrado oficialmente o movimento surrealista até 1937, Seligman participou em várias das suas exposições durante os anos 30. A sua temática é bastante sugestiva, aparentemente baseada na mitologia ou retirada de um apurado sentido mágico de transformação. O seu interesse pela religião, pela história do oculto, pela etnologia e antropologia aproximaram-no das preocupações intelectuais de Breton e outros surrealistas, embora como artista seja sempre considerado um pouco à margem do centro do movimento. Em 1939 emigrou para os Estados Unidos e adquiriu a nacionalidade americana. Reuniu-se com outros artistas europeus exilados, particularmente com aqueles associados ao movimento surrealista. O seu trabalho tornou-se mais leve e mais elegante. Desenhou figurinos para ballet e dança moderna, demonstrando ter uma noção surrealista de interpretação das artes e simpatia pela literatura e pela ilustração.