Pintor americano. Estudou as técnicas da aguarela e da pintura a óleo no Art Institute of Chicago, sendo esta a sua única educação formal na área da arte. Depois de vários empregos, Tobey tornou-se ilustrador de moda. Durante este período descobriu a arte do passado, ficando especialmente atraído pelas pinturas da Renascença italiana e pela obra de artistas, como Frans Hals, John Singer Sargent e Joaquim Sorolla y Bastida. Em 1911 mudou-se para Nova Iorque e em 1912 regressou a Chicago. Entre 1913 e 1917, dividiu-se entre estas duas cidades, continuando a trabalhar como ilustrador de moda e desenvolvendo uma crescente reputação através dos seus retratos a carvão. Estes foram exibidos numa primeira exposição individual em Nova Iorque, na Galeria Knoedler. Relutante, contudo, em prosseguir uma carreira nesta área, Tobey envereda pelo design de interiores, ao mesmo tempo que continua os seus estudos pessoais. Interessou-se por caligrafia chinesa e pelas religiões do Extremo Oriente. Em 1922 mudou-se para Seattle, ensinou na Cornish School e toma contacto com as ideias cubistas. Em 1925, insatisfeito com o seu trabalho, viaja para a Europa, estabelecendo-se inicialmente em Paris. No ano seguinte visita Espanha, Grécia, Turquia, Líbano e Egipto e regressa aos Estados Unidos. Em 1930 aceita o convite para leccionar e pintar em Inglaterra, onde permanece até 1938. Nos finais dos anos 40, princípio dos 50, pinta os seus quadros com cores escuras e sombrias, embora retenha ainda algum do seu estilo caligráfico. Em 1955 visita a Europa, onde expõe com artistas de vanguarda como Georges Mathieu e Wolls. Em 1957 produziu uma série de quadros onde utilizava a tinta japonesa e, no ano seguinte, recebeu o Grande Prémio Internacional de Pintura na Bienal de Veneza. O seu estilo mantém-se constante durante os anos 60, embora tenha aumentado as dimensões dos seus quadros devido a pressões por parte dos museus. O seu trabalho é geralmente considerado como uma versão intimista das pinturas de Jackson Pollock, devido à elegante qualidade gestual e às pequenas dimensões. Na sua origem é, contudo, bastante distinto, baseado não na mente psíquica individual mas sim numa religião universalista. As pinturas de Mark Tobey são próximas de uma tradição europeia de pintura abstracta que inclui a serenidade impessoal do trabalho de Mondrian. Apesar de ter alcançado grande reconhecimento junto da crítica europeia, a recepção americana ao seu trabalho foi, de certa forma, indiferente.