Pintor, caricaturista, jornalista, ilustrador, nascido e falecido no Rio de Janeiro, considerado uma das figuras principais da arte contemporânea brasileira. Emiliano Augusto de Albuquerque Melo, conhecido como Di Cavalcanti, iniciou a sua carreira artística em 1914, publicando ilustrações na revista Fon-Fon. Em 1916 participou no Salão dos Humoristas, e de 1916-1920 viveu em São Paulo onde frequentou a Faculdade de Direito, que cedo viria a abandonar. Em São Paulo frequentou o ateliê de Georg Elpons, pintor impressionista alemão e realizou a sua primeira exposição individual. Foi um dos idealizadores e organizadores da Semana de Arte Moderna, em 1922. Ilustrou a capa do programa e do catálogo de exposição, realizada no Teatro Municipal, e em que participou com uma série de pinturas de cariz expressionista embora com reminiscencias do impressionismo e do simbolismo. De 1923 a 1925 fixa-se em Paris, onde frequenta a Academia Ranson. Conhece obras, artistas e escritores europeus de vanguarda como Picasso, Cocteau, Blaise Cendrars, Léger, Unamuno, Georges Braque, Henri Matisse e outros. Viaja para a Itália com o objetivo de conhecer as obras de alguns mestres italianos como Tiziano, Michelangelo e Leonardo da Vinci. Apresentou as suas pinturas em Bruxelas, Londres, Amesterdão, Berlim, Lisboa e Paris. De regresso ao Brasil, entusiasmou-se pelos temas nacionais. Seduzido pela imagem da mulata, que considerou como o símbolo femenino brasileiro, fez dela o seu tema pridilecto. A sua pintura centrou-se na figura humana, isolada em cenários urbanos. Em 1929 pintou para o Teatro João Caetano aquele que foi considerado o primeiro painel modernista do Brasil. Fez inúmeras exposições tanto no Brasil como no estrangeiro. As suas obras estão representadas nos melhores museus e colecções privadas da América Latina, Estados Unidos da América e da Europa.
