Ana Mendieta (Cuba, 1948 – EUA, 1985) frequentou entre 1969-72 a Universidade de Iowa, onde sofreu a influência das novas manifestações artísticas; performance, arte conceptual e body art.
Na impossibilidade de transmitir com a pintura o poder e realidade que pretendia transferir para as suas obras, Mendieta recorreu à utilização do seu corpo como instrumento e media para trabalhar questões como a condição humana, a identidade, o género e o lugar da mulher na sociedade e na arte. Os trabalhos dos primeiros anos de formação e experimentação, combinavam performance, fotografia e vídeo.
Em Facial Cosmetic Variation, obra de 1972, projecto final do curso de Intermedia, a artista fotografa-se a si própria, assumindo várias identidades, através do uso de maquilhagem, perucas e da alteração das expressões faciais.
O seu trabalho artístico, as suas ideias políticas, sociais e feministas, foram intensamente influenciadas pela dolorosa experiência do exílio.