Pintor e escritor francês, nascido em Couterne. Vai para Paris em 1921, onde conseguiu suportar as despesas dos seus estudos na École des Arts Décoratifs através de um emprego como desenhador num ateliê de arquitectura. Em 1925, passou a dedicar-se exclusivamente à pintura, que no início, incidia, basicamente, sobre naturezas mortas e figuras. No final da década de 20, conheceu Joaquim Torres Garcia que o introduziu nas ideias do Cubismo e da Arte Abstracta. Em 1929, Hélion pinta o seu primeiro quadro abstracto e é co-fundador do grupo e do jornal com o mesmo nome, “Arte Concreta”, juntamente com Theo van Doesburg. A sua primeira exposição individual teve lugar na Galeria Pierre, em Paris, em 1932. Em 1939, realiza as últimas composições abstractas e retorna à pintura figurativa. Em 1971, tem a primeira grande retrospectiva no Grand Palais, em Paris. Durante a fase final da sua actividade, entre 1982 e 1983, Hélion recuperou os temas abordados nos seus trabalhos anteriores para realizar uma série de pinturas a que deu o nome de Remakes. Neste período, foram realizadas algumas exposições retrospectivas sobre o seu trabalho, nomeadamente no Museu de Arte Moderna em Estrasburgo, no Lenbachhaus em Munique, no Museu Guggenheim de Veneza e, em 1995, no Musée d'Unterlinden em Colmar. Em 2004 o Centre Georges Pmpidou, Paris, consagrou-lhe uma retrospectiva.