Pintor francês, um dos mais importantes teóricos de arte e muralista. Estudos académicos. A partir do fim da I Guerra Mundial, em que combateu, foi notória a sua obsesssão pela estética da Idade da Máquina, que celebrou o apogeu da tecnologia do século, através do uso de planos fragmentados, contrastes e rupturas na forma e na cor. Inventou a representação da cidade como uma máquina - algumas das suas obras-primas, como a imensa La Ville, 1919, ou ainda, mais abstracta, Le Typographe, 1918. Léger adoptou elementos do Fauvismo, Orfismo, do Cubismo e mesmo do Surrealismo, embora tenha mantido uma grande independencia. Léger escreveu "Quando se atravessa uma paisagem de automóvel ou de comboio, esta torna-se fragmentada; perde o seu valor descritivo mas ganha em valor sintético. A vista da janela do carro ou do comboio, em combinação com a velocidade, alterou a visão habitual das coisas. Um homem moderno regista cem vezes mais impressões sensoriais do que um artista do século dezoito." Durante a II Guerra Mundial, exilou-se nos EUA. Leccionou na Yale University com Millaud, Focillon, Maurois. Através de Matisse conheceu diversos artistas, igualmente exilados: Masson, Tanguy, Matta, Breton, Zadkine, Ernst, Chagall, Mondrian, Ozenfant.. As suas pinturas monumentais de operários da construção em estruturas de aço são directamente derivados de Nova Iorque. Fascinava-o, também, o brilho dos neons. No entanto, o tom dos seus últimos trabalhos é distintamente francês, não americano. É assim através da simbiose das suas convicções sociais com a tradição clássica.