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Fotógrafo, escultor, gravador, pintor e escritor francês de origem alemã (Katowice, Alemanha, hoje Polónia). Em 1923 foi estudar engenharia para Berlim. Nesse período interessou-se por política, lendo as obras de Marx e Lenine e e estabelecendo contacto com artistas do Movimento Dada. Era amigo de George Grosz, que lhe ensinou desenho e perspectiva e que era um acerbado crítico da sociedade e cuja influência o levou a abandonar os estudos de engenharia. Em 1924-25 trabalhou num estúdio em Paris e passou a colaborar com o Grupo Surrealista, expondo na maior parte das manifestações daquele grupo até 1958. No início dos anos 30, Bellmer construiu várias bonecas com a ajuda do seu irmão, em parte como protesto contra o regime nazi e o seu culto do corpo, e em parte como expressão de erotismo. As partes articuladas podiam ser desmembradas e reagrupadas em qualquer postura erótica ou masoquista. O artista depois fotografava esses objectos fetichistas, cujo sadismo atraiu os Surrealistas. Nos finais de 1935 ou início de 1936, Bellmer enviou uma série de fotografias para Breton, e Paul Éluard, em Paris, e pouco depois foram publicadas no Minotaure e numa edição de Cahiers d'art dedicadas ao objecto Surrealista. Quando o artista se mudou de Berlim para Paris, em 1938, Éluard seleccionou catorze fotografias e “ilustrou” cada uma com um pequeno poema seu. Este trabalho de colaboração só foi publicado dez anos mais tarde, pelas Editions Premières, em Paris, com o título Les Jeux de la poupée (Os Jogos da Boneca). Participou na Documenta de Kassel em 1966. Bellmer está representado nos grandes museus europeus e americanos.

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