Artista cubano que após ter terminado os seus estudos em Havana, mudou a sua residência para Madrid. Ao contrário da maioria dos outros artistas, Lam não parecia interessado em ir para Paris, preferindo obter formação de Pintura no Museu do Prado. A tragédia que assolou a sua família deixou marcas profundas na obra deste pintor, que em 1938 decide finalmente viajar para Paris, onde toma contacto com a obra de Picasso e de outros artistas de vanguarda que o levam a abandonar os cânones clássicos. Com a II Guerra Mundial, Lam vê-se obrigado a regressar a Cuba, onde pinta um mundo de seres semelhantes aos que havia pintado na Europa, mas mais vitais e em composições matizadas cheias de vibração e intensidade. Em 1943 expõe a sua obra La Jungla na Galeria Pierre Matisse, em Nova Iorque, que mais tarde foi adquirida pelo Museu de Arte Moderna e que lhe valeu a sua consagração no mundo da arte. Em 1959 e 1964 participou nas documenta 2 e 3, em Kassel. As pinturas de Lam são um exemplo excelente da tentativa surrealista de incorporar a mitologia africana e das Caraíbas na arte ocidental. Os deuses das lendas cubanas, o culto voodoo e a selva perigosa são os temas principais do seu trabalho.