Pintor inglês radicado na América desde 1958. Morley estudou na Camberwell School of Arts and Crafts (1952-53) e no Royal College of Art (1954-57), em Londres. Desenvolveu uma linguagem abstracta influenciada por Barnett Newman. Em 1964, começou a concentrar-se em fotografias de navios que copiava meticulosamente em trompe l'oeil. Estes trabalhos marcaram o começo do Foto-Realismo nos Estados Unidos. Ao copiar o original de uma forma quase mecânica, Morley destruia a distinção entre o abstracto e o figurativo. Em meados dos anos 70, abandonou o Foto-Realismo e veio a interessar-se pela vida e obra de Van Gogh. Uma série de aguarelas e desenhos sobre arqueologia e paisagem da Grécia, resultado de uma viagem feita em 1982, marcaram o seu trabalho mais recente, elaborados de tal forma energética que parecem ser uma reminiscência das pinturas Neo-Expressionistas (Bad Painting). Em 1984, Morley foi o primeiro artista a receber o Prémio Turner atribuído pela Tate Gallery em Londres. As suas pinturas foto-realistas focam temas como o racismo e o apartheid, criando uma tensão que dá ênfase à ambiguidade entre percepção e realidade.