Pintor e escritor americano, Reinhardt é reconhecido sobretudo pelo seu trabalho como pintor abstracto e pelo seu forte contributo para o Minimalismo. Entre 1931 e 1935 estudou Literatura e História da Arte na Columbia University em Nova Iorque. Por influência de um dos seus professores, Meyer Schapiro, começou a envolver-se em campos políticos considerados radicais. A sua decisão de se tornar artista foi reforçada durante os anos de universidade, mas a sua educação artística só foi desenvolvida alguns anos mais tarde na National Academy of Design e na American Artists School (1936-37). Em 1937 tornou-se membro do American Abstract Artists (AAA) e filiou-se na Artists Union e no American Artists Congress, através dos quais conheceu Stuart Davis cujo trabalho foi uma grande fonte de inspiração para Reinhardt. Entre 1936 e 1941 estava entre os poucos artistas abstractos empregados pela Easel Division of the Works Progress Administration's Federal Art Project (WPA/FAP). Em 1941 iniciou um período de trabalhos comerciais, industriais e de design gráfico. Entre 1942 e 1947 foi repórter para o jornal de vanguarda PM e em 1943-44 realizou as suas primeiras exposições individuais, que desde logo o consagraram no mundo da arte. Em 1946 juntou-se à Galeria de Betty Parsons onde permaneceu toda a sua vida. Nos seus últimos trabalhos, Reinhardt fundiu a sua arte e a sua estética, concentrando a visão do observador em gradações de cor tão subtis que eram quase impossíveis de ver. Em 1955 fez a sua primeira exposição de Black Paintings e, a partir de 1960, pintou exclusivamente quadrados pretos todos do mesmo tamanho. Nos anos 60 e 70, a sua identificação inicial com a Escola de Nova Iorque foi desafiada pelo papel crucial que desempenhou como precursor do Minimalismo e da Arte Conceptual. Numa continuação lógica do estilo abstracto, e utilizando uma paleta reduzida, procurou atingir uma arte purista de que são exemplo as suas black paintings.