Embora tenha exercido a sua actividade como pintor, escultor e dramaturgo sobretudo em França, Victor Brauner é de origem romena. Estudou em Braila, Bucareste, onde fez a sua primeira exposição em 1924 na Galeria Mozart. Fundou a revista Dada 75 HP e entre 1928 e 1931 colaborou com uma outra, de orientação igualmente dadaísta e surrealista chamada UNU, que reproduzia as suas pinturas e desenhos. Mudou-se para Paris em 1930 onde conheceu Constantin Brancusi, que o introduziu na fotografia, e Yves Tanguy, através de quem conheceu os maiores surrealistas de então. Realizou a sua primeira exposição individual em 1934 na Galeria Pierre e no ano seguinte regressou temporariamente a Bucareste. Voltou a Paris em 1945 e, em 1946, fez outra exposição individual na Galeria Pierre Loeb que antecedeu a sua participação na Exposição Internacional do Surrealismo na Galeria Maeght em 1947. Em 1948 realizou-se na Galeria René Drouin aquela que foi a sua mais importante exposição. Em 1959 participou na documenta 2 em Kassel e, nesse mesmo ano, cortou os vínculos que tinha com os surrealistas. Nos anos 50, inspirado pela filosofia existencialista de Heidegger, produziu muitas pinturas tratando a morte de maneira profética. Brauner foi ainda um dos artistas escolhidos para representar França na Bienal de Veneza de 1966. Alguns dos seus trabalhos foram doados ao Musée Nationale d'Art Moderne (Centro Georges Pompidou) após a sua morte.