Artista autodidacta, pintor e designer comercial italiano. Nos seus primeiros desenhos, Vedova investigava a dinâmica do espaço, concentrando a sua atenção em barras de linhas e em estruturas solidificadas. Participou nas actividades do grupo Corrente em 1942, e assinou o manifesto Oltre Guernica em 1946. Apoiou ainda o manifesto do grupo Fronte Nuovo delle Arti e foi membro do seu sucessor Gruppo degli Otto Pittori Italiani. Estes grupos adoptaram um estilo anti-arte do século XIX, rejeitando a indulgência da estética e requisitando a participação do observador. Vedova propôe a readopção da exactidão geométrica do Cubismo, embora em termos modernos. O estilo de pintura desenvolvido por este artista requer uma vontade de experimentar e uma forte energia física. A partir de 1948 começa a produzir séries dinâmicas em si mesmas ou estruturadas para explorar as qualidades dinâmicas da luz. Em 1959 produziu, segundo o mesmo tema, numerosos polípticos assimétricos ou em forma de L. Entre 1955 e 1982 participou nas documenta 1, 3 e 7 em Kassel, em 1957 recebeu o Prémio Guggenheim e, em 1960, o Grande Prémio da Bienal de Veneza. Nas suas últimas criações, Vedova prossegue as suas investigações sobre o espaço físico independentemente de quaisquer atitudes pré-concebidas sobre equilíbrio, lógica e comportamento. Através do uso das mais recentes descobertas tecnológicas e de materiais, Vedova parece tentar alcançar a "arte total" com que sonhavam os futuristas de 1913. As suas pinturas tratam violentas convulsões políticas e foram tidas como protestos contra injustiças e ausências de liberdade. Desde 1960 que é considerado como o principal representante da Arte Informal em Itália.